- Em vez de um argumento, temos uma ameaça, e uma ameaça às pessoas (Augusto Morais não lhes chama 'pessoas', mas sim «43720 contratos»; afinal, é preciso rigor nestas coisas);
- Sobre a alegação de que o aumento de 24 euros/mês é «tecnicamente» (o advérbio é de Augusto Morais) insuportável para as PMEs, seria interessante, já agora, uma averiguação para perceber quantas vezes é esse o valor (24 euros), por exemplo, da factura de um almoço que, «tecnicamente», entrará na contabilidade de uma dessas PMEs.
Este é um dos casos em que as decisões políticas podem (devem) traduzir uma visão a longo prazo e alguma racionalidade. Sim, porque é difícil perceber como pode a economia crescer quando ainda se discute se as pessoas devem receber um salário que, «tecnicamente», dá para sobreviver.