segunda-feira, maio 24, 2010

Reforço positivo

No ano em que sofri para ler coisas relacionadas com as ciências da educação, tive discussões interessantes com um professor de psicologia. As discussões começavam com as minhas objecções a uma tese que parte do princípio de que os meninos que se portam mal são meninos que não são reforçados positivamente. Lidar com um problema disciplinar passa por reforçar positivamente - era a ideia que o professor de psicologia da educação pretendia transmitir. E eu e os meus colegas lá fomos assistir a umas aulas para ver como é que esses meninos se comportavam "em" sala de aula. Hoje, com o meu primeiro ano numa escola quase a terminar, concordo mais com o que aprendi nas aulas de psicologia da educação, mas também confirmei que o princípio do reforço positivo não explica tudo. Ainda há pouco um colega me dizia uma coisa pertinente: é na altura em que se exige uma avaliação dos professores (que, evidentemente, é importante, mas não chega; há outros problemas - como o recrutamento e a credibilidade das instituições que formam - que não existem nas mentes de quem concebeu a avaliação), é nessa altura que eles, os professores, estão a fazer aquilo que, à partida, não compete a um professor. Coisas simples, como conseguir que um aluno se sente, ou mais complicadas, como pedir-lhe que largue o pescoço do colega porque essa não é a melhor maneira de pôr termo a uma discussão. Por exemplo.