O romance Wise Blood (1949), de Flannery O'Connor, apresenta a história de um pregador - Hazel Motes - que, rejeitando a ideia de uma verdade subjacente a todas as verdades, pretende negar a fé na Igreja de Cristo. Motes procura, em última análise, estabelecer uma diferença entre Cristo e a Verdade (o que significa colocar na negativa João 14.6). A verdade absoluta, dirá Motes pregando a doutrina da 'nova Igreja sem Cristo', é que não há alma e não há consciência; além disso, a nova Igreja não concebe a possibilidade do milagre ('os cegos não poderão ver, os coxos não andarão e aquele que morre não volta a viver'). No entanto (e paradoxalmente), o sentido das acções de Hanzel Motes parece consistir em provar que o falso cego Asa Hawks não se enganou quando sugeriu que a fé é um facto. Saber isto significa, para Motes, perceber que o conhecimento da verdade se revela na integridade.
Há 3 anos