«A France Presse, assinalando a data, chama-lhe "o último gigante do pensamento francês". [...]A obra de Lévi-Strauss, recordam-nos os dois grossos volumes da Antropologia Estrutural, é também a última tentativa de sistematizar filosoficamente a experiência humana, prosseguindo a aventura dos grandes herdeiros do Iluminismo nos séculos XIX e XX (Marx à cabeça). Em certo sentido, ele é o derradeiro pensador da modernidade, embora paradoxalmente tenha posto em causa os seus fundamentos ao dizer que não há uma evolução histórica da magia para a ciência ou do mito para a razão, antes várias racionalidades coexistentes, como sugere em La Pensée Sauvage, Le Totémisme Aujourd'hui ou o delicioso Mito e Significado».
O texto de Pedro Picoito no Cachimbo de Magritte.