Pedro Mexia quis falar sobre a actual situação do partido socialista francês e sublinhou que o momento vivido pelo partido da oposição em França permite reflectir sobre o futuro da esquerda. Rui Miguel Tavares tomou o caso como exemplo do "estilhaçamento" que tem afectado partidos arredados do poder. Mexia destacou também duas notícias que chegam de Espanha: a prisão de um dos líderes da ETA e a desistência de Baltasar Garzón de investigar desaparecimentos ocorridos durante a Guerra Civil e o franquismo (desistência justificada pelo facto de terem morrido todos os acusados).
Um tema importante no programa foi o da ironia de Manuela Ferreira Leite. Depois de notarem que muitas coisas que Manuela Ferreira Leite diz não são para levar a sério, os membros do Governo Sombra concluíram que a líder do PSD é muito divertida. Assim, faz falta ao partido um hermeneuta que ajude a esclarecer as subtilezas do discurso.
Sobre a postura de Maria de Lurdes Rodrigues, Rui Miguel Tavares considerou a possibilidade de um "problema genético lusitano" que ajudaria a explicar por que razão os governantes portugueses não conseguem reunir dois traços: vontade de reformar e capacidade de diálogo. Ricardo Araújo Pereira considerou curioso o facto de a ministra ter cedido perante quem atira ovos [esta semana, o título da crónica semanal que assina na Visão é, precisamente, "O ovo da C+S Cristóvão Colombo"].
Os decretos da semana foram: ter os olhos na política americana (Rui Miguel Tavares); que os humoristas norte-americanos continuem a desempenhar de forma genial o seu papel (Pedro Mexia); que Carlos Queirós seja submetido a uma avaliação rigorosa, ficando com menos tempo para treinar (Ricardo Araújo Pereira). Pegando no decreto de Ricardo Araújo Pereira, Mexia reiterou uma ideia: um treinador não pode usar termos como "naïf" em conferências. Daqui a pouco, imagine-se, a discussão sobre o dasein heideggeriano chega ao balneário...