«Palavras de fósforo nasciam em silêncio, enterradas no mais profundo da cabeça, talvez na nuca, e essas palavras acendiam-se e apagavam-se, também, na noite do vazio pré-histórico, prontas a organizarem-se em frases, a modelarem proposições circunstanciais, conjuntivas, interrogativas. Como se reticências as tivessem ligado entre si.»
J. M. G. le Clézio, "O dia em que Beaumont travou conhecimento com a sua dor".
Excerto de uma das 'nove histórias de loucura' incluídas em A Febre (Lisboa: Editora Ulisseia, 2008. Tradução de Liberto Cruz. 1.ª edição - Paris: Gallimard, 1965).