É uma chatice, uma maçada que se repete. Há umas semanas escrevi aqui que tinha de decidir em quem vou votar. Desde então, pus-me a pensar na questão de modo "racional", a enumerar os prós e contras de votar em quem já lá está, ou seja, PS, ou a tentar ver qual é o partido com que me identifico mais em termos ideológicos, mas isto está difícil. A última hipótese não resulta muito porque há áreas em que defendo o mesmo que os partidos mais conservadores. Outras há em que as posições de esquerda recebem a minha aprovação; a política de imigração é uma dessas matérias, e é uma das razões por que eu não voto CDS. Enfim, é a minha dupla personalidade política...
No entanto, já decidi em quem não vou votar, o que é um grande avanço. Não irei votar em Francisco Louçã nem em Manuela Ferreira Leite (sobre o CDS já expliquei). Francisco Louçã diz as palavras "bancos" e "grande capital" num tom especial. O tom com que as diz é o de uma pessoa que acredita, ao contrário de mim, numa solução perfeita (e totalitária) para a sociedade. E o argumento da coerência, que usou recentemente, não me convence; eu posso ser muito coerente e estar errada. Sobre Manuela Ferreira Leite, eu acho que deveria ser posta em sossego. Já chega de sacrifícios pelo partido. Para além do caso mais recente da 'ajuda aos espanhóis', a política da verdade não ajudou nada. Eu, confesso, ainda não sei bem o que é isso. É dizer "a" verdade sobre o país? Afirmar que isto está mesmo muito mal (cf. As Profecias de Medina Carreira, da Editora Grande Abismo)? Defender que o PSD é o único partido que diz a verdade? Hummm... No entanto, é preciso reconhecê-lo, graças à líder do PSD a população inteira ficou a saber o que são as "pequenas-e-médias-empresas".
Bom, isto tudo para dizer que restam duas hipóteses. Ou voto em Sócrates - apesar de discordar do Partido Socialista nas questões da educação (e não é só pelo modelo escolhido para a avaliação dos professores), e de já não poder ouvir o discurso do "país moderno e optimista"... Ou, segunda hipótese, voto em branco. Devo dizer que esta é a hipótese que leva vantagem. Nunca incluo na minha "lógica" o PCP, porque não consigo crer na possibilidade de conjugar a felicidade individual com um modelo de sociedade comunista.
E sobre o último debate, houve surpresa. Pensei que iria ser o melhor debate para o primeiro-ministro, mas não (isso aconteceu no frente-a-frente com Louçã, «o maroto»). Manuela Ferreira Leite esteve melhor ontem do que no debate com Paulo Portas. Mas isto, claro, os comentadores já explicaram ao povo.
No entanto, já decidi em quem não vou votar, o que é um grande avanço. Não irei votar em Francisco Louçã nem em Manuela Ferreira Leite (sobre o CDS já expliquei). Francisco Louçã diz as palavras "bancos" e "grande capital" num tom especial. O tom com que as diz é o de uma pessoa que acredita, ao contrário de mim, numa solução perfeita (e totalitária) para a sociedade. E o argumento da coerência, que usou recentemente, não me convence; eu posso ser muito coerente e estar errada. Sobre Manuela Ferreira Leite, eu acho que deveria ser posta em sossego. Já chega de sacrifícios pelo partido. Para além do caso mais recente da 'ajuda aos espanhóis', a política da verdade não ajudou nada. Eu, confesso, ainda não sei bem o que é isso. É dizer "a" verdade sobre o país? Afirmar que isto está mesmo muito mal (cf. As Profecias de Medina Carreira, da Editora Grande Abismo)? Defender que o PSD é o único partido que diz a verdade? Hummm... No entanto, é preciso reconhecê-lo, graças à líder do PSD a população inteira ficou a saber o que são as "pequenas-e-médias-empresas".
Bom, isto tudo para dizer que restam duas hipóteses. Ou voto em Sócrates - apesar de discordar do Partido Socialista nas questões da educação (e não é só pelo modelo escolhido para a avaliação dos professores), e de já não poder ouvir o discurso do "país moderno e optimista"... Ou, segunda hipótese, voto em branco. Devo dizer que esta é a hipótese que leva vantagem. Nunca incluo na minha "lógica" o PCP, porque não consigo crer na possibilidade de conjugar a felicidade individual com um modelo de sociedade comunista.
E sobre o último debate, houve surpresa. Pensei que iria ser o melhor debate para o primeiro-ministro, mas não (isso aconteceu no frente-a-frente com Louçã, «o maroto»). Manuela Ferreira Leite esteve melhor ontem do que no debate com Paulo Portas. Mas isto, claro, os comentadores já explicaram ao povo.
* (eu às vezes também tenho saudades de Marques Mendes)