quinta-feira, julho 30, 2009
O despertar de Saint-Simon
Isaiah Berlin sobre o Conde Henri de Saint-Simon, «pai do historicismo europeu» (Isaiah Berlin. Rousseau e outros cinco inimigos da liberdade. Lisboa: Gradiva, 2005, p. 142)
quarta-feira, julho 29, 2009
Belíssimo o "Breakfast at Tiffany's". E aquele gato?!!...
Holly Golightly: He's all right! Aren't you, cat? Poor cat! Poor slob! Poor slob without a name! The way I see it I haven't got the right to give him one. We don't belong to each other. We just took up one day by the river. I don't want to own anything until I find a place where me and things go together. I'm not sure where that is but I know what it is like. It's like Tiffany's.
Paul Varjak: Tiffany's? You mean the jewelry store.
Holly Golightly: That's right. I'm just CRAZY about Tiffany's!
(...)
Holly Golightly: I'm like cat here, a no-name slob. We belong to nobody, and nobody belongs to us. We don't even belong to each other.
E eu que até prefiro viajar em silêncio
segunda-feira, julho 27, 2009
Sem tristeza e sem melancolia, para sempre
sábado, julho 25, 2009
Um peixinho, uma saladinha e a continha
Eu já tinha dado por isto, e acho que li alguma coisa sobre o caso: há empregados de mesa que usam e abusam dos diminutivos. Mas hoje a situação foi mais grave: fui atendida por uma pessoa que usava apenas formas no diminutivo. Bom, foi mais ou menos assim: eu disse "queria peixe" e o empregado responde "vai um peixinho, então"; depois, pedi o acompanhamento e ouço "muito bem, uma saladinha!"; por fim, peço a bebida e tenho como resposta "então vai ser uma águinha". Depois, no decorrer da refeição, o empregado passou por perto e perguntou "o peixinho está bom?"; nesta altura, a pessoa que estava comigo respondeu "o peixinho está óptimo". Chegou então a altura da sobremesa e aqui, juro mesmo, o meu pedido foi confirmado assim: "ok, uma moussezinha" (ou "mussezinha", na forma aportuguesada). Por fim, lá pedimos a conta, perdão, a continha.
sexta-feira, julho 24, 2009
Confissões
sexta-feira, julho 17, 2009
terça-feira, julho 14, 2009
Pessoas sem memória
quinta-feira, julho 09, 2009
Nota sobre o ensaio clássico de Oakeshott
Deixo aqui a parte final do ensaio. Oaekshoot cita Shelley, entre outros. Belíssimo.
Everybody's young days are a dream, a delightful insanity, a sweet solipsism. Nothing in them has a fixed shape, nothing a fixed price; everything is a possibility, and we live happily on credit. There are no obligations to be observed; there are no accounts to be kept. Nothing is specified in advance; everything is what can be made of it. The world is a mirror in which we seek the reflection of our own desires. The allure of fiolent emotions is irresistible. When we are young we are not disposed to make concessions to the world; we never feel the balance of a thing in our hands - unless it be a cricket bat. We are not apt to distinguish between our liking and our esteem; urgency is our criterion of importance; and we do not easily understand that what is humdrum need not be despicable. We are impatient of restraint; and we readily believe, like Shelley, that to have contracted a habit is to have failed. These, in my opinion, are among our virtues when we are young; but how remote they are from teh disposition appropriate for participating in the style of government I have been describing. Since life is a dream, we argue (with plausible but erroneous logic) that politics must be an encounter of dreams, in which we hope to impose our own. Some unfortunate people, like Pitt (laughably called "the Younger"), are born old, and are eligible to engage in politics almost in their cradles; others, perhaps more fortunate, belie the saying that one is young only once, they never grow up. But these are exceptions. For most there is what Conrad called the "shadow line" which, when we pass it, discloses a solid world of things, each with its fixed shape, each with its own point of balance, each with its price; a world of fact, not poetic image, in which what we ahve spent on one thing we cannot spend on another; a world inhabited by others besides ourselves who cannot be reduced to mere reflections of our own emotions. And coming to be at home in this commonplace world qualifies us (as no knowledge of "political science" can ever qualify us), if we are so inclined and have nothing better to think about, to engage in what the man of conservative disposition understands to be political activity.
terça-feira, julho 07, 2009
Maria Filomena Mónica e os queirosianos
Eles começaram a fazer-me guerra.
Mas guerra como?
Tem a ver com as carreiras, luta-se por um poder muito pequenino. Os queirosianos vivem do Eça, é como se fossem sanguessugas. O Eça é a razão de ser da carreira e da promoção deles. Tenho a sorte de não pertencer a uma faculdade de letras. Fiz Filosofia, saltei para Sociologia, e agora faço história e de vez em quando escrevo biografias. Não preciso do Eça para subir na carreira. Para começar, já estava no topo, a liberdade era total. Comecei a perceber quando fui a uma conferência nos Estados Unidos, no centenário do Eça em 2000. Havia 40 portugueses que não tomavam o pequeno-almoço comigo, que não se sentavam ao meu lado no autocarro, que não me falavam. Achei aquilo estranho. Mas quem é esta gente? Depois, havia um professor da Faculdade de Letras, o António Feijó, que me disse: "Mas ainda não percebeste? Estás-lhes a roubar o território" Aquilo é território murado, é o território deles. E o professor americano depois explicou-me que quando me convidou por causa da biografia do Eça teve imediatamente cartas de alguns queirosianos a dizer que o Instituto Camões não me devia pagar o avião. Isto disse-me o americano, que respondeu que se o Instituto Camões não pagasse, a universidade americana pagaria. Não sabia nada disto quando fui, só quando cheguei aos Estados Unidos é que verifiquei que era uma persona non grata.
Maria Filomena Mónica em entrevista ao jornal I
Uf!... Assim já estou mais tranquila.
Lido aqui.
segunda-feira, julho 06, 2009
Sublinhado e nota de rodapé
Invertendo a ordem normal das coisas, o parágrafo anterior é como uma nota de rodapé que eu introduzo para dizer que gostei de ler, no blogue "Ópera e demais interesses", esta análise do filme Gata em Telhado de Zinco Quente.
(Sim, um dos mais belos homens do mundo. Absolutamente.)
Ainda sobre política e tauromaquia
Lido aqui.